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Nesta tarefa foi-nos solicitado que produzíssemos um filme no
programa PhotoStory de uma história à nossa escolha. A nossa preferência recaiu para A História de Maria Benguela e Pascoal de Kathy Silva (2006). Como um dos elementos do grupo trabalha no Colégio das Faias, em Azeitão,
decidimos solicitar a colaboração ao grupo de crianças da sala dos 5 anos para desenharem e recontarem a história escolhida
por nós. Com os desenhos e a interpretação o filme era produzido com recurso à narração.
Explicámos-lhes o que pretendíamos e as crianças prontificaram-se de
imediato para colaborar. Primeiro contámos-lhes a história, da qual gostaram bastante e acharam engraçado a comparação da cor da pele dos meninos
da história e salientaram também a importância de estes terem encontrado um
amigo de verdade para brincar. De seguida, cada uma das crianças escolheu a
parte da história que queria desenhar e fizeram-no com muito empenho e
satisfação. No final pedimos para que recontassem a história para que pudéssemos elaborar o texto que acompanhava o desenho que cada criança
realizou. Pela reação das crianças, a mensagem que consideramos
importante nesta história prende-se com a importância da amizade entre
diferentes etnias.
Os atores da história são a Maria Benguela e Pascoal, como
personagens principais; a mãe de Pascoal e a mãe de Maria Benguela como
personagens secundárias. A ação desta história decorre principalmente na rua,
em casa do Pascoal e termina em casa de Maria Benguela.
A sequência de fotografias (desenhos), o texto e a narração
que acompanha cada uma delas é a seguinte:
- Desenho
de Pascoal e Maria Benguela com o título da história escolhida;
- Desenho
de Maria Benguela com o texto: “Esta é
história de uma menina que se chama Maria Benguela. Que é preta como o carvão e
a noite escura.”;
- Desenho
de Pascoal com o texto: “E de um menino
chamado Pascoal. Que é branco como a neve e o açúcar.”;
- Desenho
de Pascoal com os bonecos de trapos, com o texto: “O Pascoal brincava muitas vezes sozinho com os seus bonecos de
trapos.”;
- Desenho
de Maria Benguela com uma amiga crescida, com o texto: “A Maria tinha amigos crescidos. Mas gostava de encontrar amigos do
tamanho dela.”;
- Desenho
de Pascoal com os bonecos de trapos, com o texto: “Pascoal estava triste por brincar só com os bonecos de trapos. E
decidiu procurar um amigo a sério!”;
- Desenho
de Pascoal com a sua mãe, com o texto: “Um
dia a mãe do Pascoal pediu-lhe para ir comprar café.”;
- Desenho
de Pascoal e Maria Benguela, com o texto: “Ao
descer a rua, Pascoal encontrou uma menina cheia de trancinhas.”;
- Desenho
de Maria Benguela com o texto: “A Maria
Benguela disse-lhe: Tens uma pele tão branquinha como os meus dentes!”;
- Desenho de Pascoal com o texto: “Pascoal respondeu: E tu tens a pele tão
escura como o café!”;
- Desenho de Maria Benguela e Pascoal,
com o texto: “Estavam tão divertidos a
brincar, quando Pascoal se lembrou do recado da mãe. Pegou na mão da Maria e
correram até à loja.”;
- Desenho de Pascoal e Maria Benguela
junto da loja, com o texto: “A loja já
estava fechada mas Maria teve uma ideia e foram para a casa do Pascoal.”;
- Desenho de Pascoal com a sua mãe e a
Maria Benguela na casa do Pascoal, com o texto: “Quando chegou a casa, Pascoal disse à mãe: Como vês, não trouxe o café
mas trouxe uma amiga da cor do café! Todos ficaram felizes!”;
- Desenho de Maria Benguela com a sua
mãe na casa de Maria Benguela, com o texto: “Maria
chegou a casa e contou à mãe que tinha encontrado um amigo de verdade. É branco
como o açúcar do bolo.”;
- Desenho de Maria Benguela com o
texto: “Produzido pelas alunas Mª de
Fátima Cardoso, Isabel cascão e Telma Cunha, do 3º Ano de LEB da Escola
Superior de Educação de Setúbal, no âmbito da UC – Língua Portuguesa e
Tecnologias de Informação e Comunicação. A História de Maria Benguela e Pascoal
de Kathy Silva, foi adaptada e desenhada pelas crianças da sala dos 5 anos do
Colégio das Faias.”
No filme, o nome que aparece em cada
desenho, corresponde à criança que o desenhou.
Após termos terminado a produção do
filme mostrámos ao grupo de crianças que colaborou na realização dos desenhos
da história e a sua reação foi, no geral, de um sentimento de orgulho de eles
próprios. Foi muito engraçado ver a reação de cada criança quando viu o seu
desenho a aparecer no filme: riam-se, olhavam para os colegas e diziam que
aquele desenho era deles. Quando terminaram a visualização do filme começaram
por dizer que o seu desenho tinha aparecido e que gostaram do filme. Ficaram
curiosos em saber como é que tínhamos colocado os desenhos deles no computador,
como é que a partir dos desenhos tínhamos construído o filme e como é que
aparecia “uma voz a contar a história”
(dito por uma criança). No grupo houve crianças que não participaram na
elaboração da história por não estarem presentes, mas ao visualizarem o filme
também reagiram e questionaram sobre o mesmo.
É de salientar que a equipa da
sala ficou muito curiosa em relação a este programa pois ainda não o conheciam,
gostaram da sua funcionalidade e já estavam com algumas ideias para fazerem
futuramente com o grupo de crianças.
Para nós foi enriquecedor ter
realizado esta tarefa com as crianças pois tivemos logo uma resposta ao
resultado do que produzimos. Fica aqui registado o nosso agradecimento ao grupo
de crianças e à equipa de sala pela sua disponibilidade e empenho. Um muito obrigada!